terça-feira, 3 de janeiro de 2012

ICMBio encontra espécie rara de primata em Flona do Amazonas


Uma espécie de sagui (primata) cujas informações científicas ainda são deficientes foi identificada na Floresta Nacional (Flona) do Purus, no Amazonas, por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Amazônia (Cepam). O órgão é vinculado ao Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
Imagem de um sagui já identificado anteriormente por cientistas, no ecossistema amazônico (Arquivo/Jornal A Crítica )

O coordenador do projeto Primatas em Unidade de Conservação da Amazônia, Marcelo Vidal, disse que esta espécie de sagui (Saguinus fuscicollis cruzlimai) é conhecida apenas por meio de uma pintura feita em 1945 pelo naturalista Eládio da Cruz-Lima. Conforme Vidal, a espécie tem local de ocorrência desconhecido e não tinha sequer um espécime coletado para sua descrição formal.
A espécie de sagui é considerada pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) espécie deficiente em dados. Este primata é considerado os menores macacos que existem.
Marcelo Vidal destacou também que houve um passou no número de espécies registradas na Flora do Purus, passando de 12 para 15.
Crescimento
O projeto Primatas em Unidade de Conservação da Amazônia também foi realizado em outras duas unidades de conservação da região, na Flona de Tefé (AM) e no Parque Nacional (Parna) do Viruá, em Roraima.
Na Flona de Tefé foram encontrados registros de 14 espécies de primatas. Vidal afirmou que a área foi identificada como simpatria, que é o local onde coexistem duas ou mais populações de animais, das espécies Callicebus purinus eCallicebus cupreus, e o primeiro registro de Aotus vociferans.
Segundo Vidal, trata-se de um dado importante que resulta na ampliação da distribuição geográfica da espécie.
Sobre o Parna do Viruá, o coordenador ressaltou o registro pelo projeto de seis das dez espécies conhecidas para a UC, e a coleta de pêlos, sangue e tecido das espécies Cebus olivaceus, Cebus apella, Saimiri sciureus e Chiropotes sagulatus.
Os resultados do projeto foram apresentados neste mês, em Curitiba, durante o 4º Congresso Brasileiro de Primatologia.
Pesquisas
Para Marcos Fialho, analista ambiental do CPB e coordenador científico do projeto, a apresentação dos resultados no Congresso Brasileiro de Primatologia foi uma excelente oportunidade de divulgar as informações sobre a ocorrência de primatas em unidades de conservação amazônicas, estimulando a realização de novas pesquisas na região, a atualização sobre o status de conservação das espécies e a geração de subsídios aos planos de manejo das UC onde o projeto se desenvolve.

Fonte: ACRITICA.COM

Chimpanzé reconhece conhecimento de outro chimpanzé, diz estudo


Uma pesquisa publicada na edição da última sexta-feira (29) da revista científica “Current Biology” mostra que um chimpanzé é capaz de entender o conhecimento e a percepção que outro chimpanzé tem do ambiente. Esse comportamento só era conhecido entre humanos até então.
O estudo foi feito com base em alarmes emitidos pelos chimpanzés para alertar quanto à presença de cobras venenosas. Os alarmes de predadores são comuns entre os animais, mas o trabalho dos pesquisadores da Universidade de St. Andrews, na Grã-Bretanha, e do Instituto Max Planck de Antropologia Evolucionária, em Leipzig, na Alemanha, descobriram uma nova característica.
Os chimpanzés emitem esse alarme com mais frequência se seus companheiros não tiverem notado a presença da cobra. Se todos os chimpanzés do grupo percebem o predador, então a tendência é de que eles não chamem a atenção uns dos outros. Isso sugere que esses animais são capazes de reconhecer o conhecimento e a ignorância dentro da própria espécie.
“Os chimpanzés realmente parecem levar o conhecimento um do outro em conta e produzir um chamado de advertência para informar os demais de um perigo que eles desconhecem”, afirmou Roman Wittig, pesquisador do Max Planck, em material divulgado pelo instituto.
Chimpanzés sobem em árvores para fugir das
cobras (Foto: Roman Wittig/MPI f. Evolutionary
Anthropology)
A pesquisa sugere ainda que os chimpanzés já possuíam essa capacidade 6 milhões de anos atrás, quando nossos ancestrais se dividiram deles na árvore evolutiva.

Fonte: G1 

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Zoo americano exibe filhote de macaco ameaçado de extinção

Animal é geralmente encontrado no sudoeste da China e no nordeste do Vietnã
O Zoo Cleveland Metroparks, nos Estados Unidos, exibiu pela primeira vez imagens de um Langur de François, espécie de primata ameaçada de extinação.




Animal nasceu no fim de janeiro e suas primeiras imagens foram exibidas nesta semana.






O sexo do filhote eainda não foi determinado, mas o animal já está sendo exibido junto com sua mãe, Petuna, seu pai, Ike, e seu irmão, Maynard, na área de primatas do zoológico.
Este é o segundo filhote do casal Ike, de 13 anos, e Petunia, de 11 anos. Os dois pais nasceram em cativeiro, também no Zoo Cleveland Metroparks.
A espécie é encontrada geralmente do sudoeste da China até o nordeste do Vietnã. Eles têm a cauda muito longa, se alimentam de folhas e vivem geralmente em grupos de três a 12 indivíduos, com um único macho adulto.


Sexo do filhote ainda não foi identificado

























07/02/2011 - 09h20

por Redação Galileu em http://www.cenp.org.br/

segunda-feira, 3 de maio de 2010

MÃE CHIMPANZÉ PODE CUIDAR DE FILHOTE MORTO POR MESES, DIZ PESQUISA

Enquanto pesquisadores do Reino Unido mostraram que, em cativeiro, chimpanzés são capazes de comportamentos muito parecidos com o luto humano diante da morte de um companheiro, outro estudo, também na revista científica “Current Biology”, revelou mais um detalhe pungente da relação dos primos mais próximos do homem com a morte. Num grupo da Guiné, as mães são capazes de carregar seus bebês mortos por meses, de maneira que o cadáver fica até naturalmente mumificado.

Dora Biro e seus colegas da Universidade de Oxford constataram o fato ao acompanhar a morte de dois filhotes, com idade entre um e dois anos, durante uma epidemia de doenças respiratórias na floresta onde o grupo vivia. As mães chegaram a carregar os filhotes durante 68 e 19 dias, respectivamente.

Segundo Patrícia Izar, especialista em comportamento de primatas do Instituto de Psicologia da USP, as mães de outras espécies de macacos são capazes de perceber quando seus bebês morrem. “Eles testam sinais de vida, dão pequenas pancadas na cabecinha, encostam-se no peito do bebê”, explica ela.

No caso da Guiné, as mães se puseram diligentemente a espantar as moscas que cercavam os corpos em decomposição de seus filhos. Seria possível cogitar, diante disso, que a mãe não tinha consciência da morte do bebê, mas aparentemente a coisa não é bem assim. Primeiro, eles carregavam os corpos de um jeito que jamais empregariam para levar filhotes vivos de um lugar para outro. Além disso, permitiam que membros jovens da comunidade manipulassem os corpos mumificados e até brincassem com eles.

Para os cientistas, a explicação mais provável é que as mães passem por um processo gradual de se “desapegar” dos filhotes mortos. Com o fim da amamentação e a volta dos ciclos menstruais normais, terminaria o apego pelo cadáver, já que as fêmeas poderiam engravidar novamente.



Fonte: Reinaldo José Lopes/ Folha Online
Enviado por Délcio Rocha

Texto extraído de http://www.faunabrasil.com.br/

Todos os Direitos Reservados à Citação. O Blog é um apenas um meio de divulgação.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

RITUAIS TRIBAIS AMEAÇAM PRIMATAS DE EXTINÇÃO NA ÁFRICA

Rituais médicos e religios tradicionais de tribos ao redor do mundo estão colocando em risco a existência de cerca de 100 espécies de primatas. As informações foram apresentadas numa pesquisa divulgada pelo periódico Mammal Review, jornal da Mammal Society – organização com sede na Grã Bretanha que estuda mamíferos.
Das 390 espécies de macacos, chimpanzés, gorilas e lêmures estudadas, 101 são regularmente mortas por terem partes do corpo usadas em rituais. Destas, 47 são utilizadas por suas propriedades medicinais, 34 para rituais mágicos e religiosos e 20 por possuírem ambas as qualidades.Tais práticas, concluiu o estudo, estão acelerando o desaparecimento de mamíferos já vulneráveis à extinção.

Primatas ameaçados: crenças religiosas e medicinais (Foto: Getty Images)

As mortes estão associadas a crenças em diversos países. Algumas espécies de macaco-aranha, por exemplo, são usadas para tratar mordidas de cobra, febre, tosse, dor no ombro e insônia na Bolívia. Na Serra Leoa, um pedaço de osso de chimpanzé é colocado ao redor da cintura de recém-nascidos para fazê-los crescer com saúde, acredita-se.

Extinção e conservação

Dos 101 primatas estudados pela pesquisa, 12 espécies são consideradas em perigo crítico pela União Internacional pela Conservação da Natureza, 23 sob ameaça e 22 vulneráveis.
“Apesar das leis de proteção, o uso e a venda de espécies para a medicina persiste”, explicou em entrevista para a BBC o pesquisador Rômulo Alves, da Universidade Estadual da Paraíba. Os pesquisadores enfatizaram que destruição dos habitats, a caça de subsistência e o comércio de animais selvagens também estão ligados ao desaparecimento destas espécies.
Toda regra, porém, tem sua exceção: em outras sociedades, os rituais tradicionais contribuem para a preservação de algumas espécies. Países asiáticos de crença hindu como a Indonésia e a Índia, por exemplo, protegem primatas e outros animais por considerá-los sagrados.


Fonte: Veja
Texto extraído de http://www.anda.jor.br/

Todos os Direitos Reservados à Citação. O Blog é apenas um meio de divulgação.

sexta-feira, 23 de abril de 2010

POPULAÇÃO É ORIENTADA SOBRE MACACOS

Os próprios moradores da região do Parque das Laranjeiras - GO, assustados com a constante aproximação dos macacos-pregos, que vivem no parque próximo a suas casas, solicitaram à Agência Municipal do Meio Ambiente (Amma) uma palestra que esclareça e conscientize a população para o convívio adequado com os animais do local.

Segunda a gerente de educação ambiental da Amma, Regina Miranda, muitas pessoas adentram a mata do parque para alimentar os animais. Isso também influencia para que os animais saiam do parque para buscar alimentação nas ruas e casas vizinhas. Denúncias e pedidos de orientação foram feitos pelos próprios moradores da região do Parque das Laranjeiras. “Durante todo o dia será feito um trabalho de conscientização englobando pessoas de todas as idades”, disse.

O tema do encontro será Preservação e convivência harmoniosa. Regina explica que o macaco já recebe alimentação adequada por técnicos da Amma, toda quinta-feira.

A alimentação oferecida pelas pessoas causa vários problemas à saúde do animal. “Alguns macacos choram de dor de dente, ficam banguelas. Além disso, eles engordam e procriam mais”, esclarece. Ela explica que os macacos fazem só três coisas: comem, dormem e procriam. “Sem o trabalho de procurar o alimento, eles só dormem e procriam, aumentando assim drasticamente sua população”, disse.

Durante o encontro de hoje os moradores também serão alertados dos perigos que o contato direto com animal pode trazer para a saúde. “Os macacos transmitem várias doenças, como a herpes”, disse. Regina ressalta o problema de oferecer alimento ao animal. “Toda a alimentação que o macaco precisa está dentro do parque. Ovos de passarinho, insetos, ervas e outras frutas”, esclarece.

Este ano, cerca de oito macacos dos três parques onde os animais vivem foram mortos por atropelamento. A Amma alerta para os cuidados que as pessoas devem ter com os animais mortos. O procedimento indicado diante de um macaco morto ou doente é avisar a equipe da Amma, pois somente os técnicos estão preparados para fazer o transporte do animal morto sem colocar em risco a vida da população. A Amma orienta que se caso ocorra um acidente com arranhão ou mordedura, a pessoa deve procurar o posto de vacinação mais próximo.


Reportagem escrita por Lyniker Passos

Texto Extraído de http://www.ohoje.com.br/

Todos o direitos reservados à Citação. O Blog é apenas um meio de divulgação.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

CIENTISTAS APOTAM OS PRIMATAS MAIS AMEAÇADOS DO PLANETA

Espécies brasileiras não constam na lista, mas os primatas estão desaparecendo no resto do mundo.
Os parentes mais próximos da humanidade na escala evolutiva- macacos, chimpanzés, gorilas, lêmures e outros primatas - estão à beira da extinção e necessitam de medidas urgentes de conservação. De acordo com um novo relatório divulgado ontem, quase metade de todas as espécies de primatas está em perigo de extinção. O trabalho foi realizado por um grupo de 85 especialistas em Primatas da Comissão de Sobrevivência das Espécies (SSC, da sigla em inglês) da União Mundial para a Natureza (IUCN, da sigla em inglês) e pela Sociedade Internacional de Primatologia (IPS, da sigla em inglês), em colaboração com a Conservação Internacional (CI).Intitulado Primates in Peril: The World’s 25 Most Endangered Primates, 2008–2010. (Primatas em Perigo: os 25 Primatas mais ameaçados do Mundo, 2008-2010), o documento aponta como principais ameaças aos primatas a destruição das florestas tropicais, o comércio ilegal de animais silvestres e a caça comercial. A lista inclui cinco espécies de primatas de Madagáscar, seis da África, 11 da Ásia, e três da América Central e do Sul, que necessitam de medidas urgentes para sua sobrevivência.Algumas espécies contam com poucos indivíduos sobreviventes. O langur-de-cabeça-dourada, do Vietnã, é um deles, com apenas 60 a 70 espécimes remanescentes. Do mesmo modo, há provavelmente menos de 100 indivíduos do Lemur-desportista-do-norte (Lepilemur septentrionalis) em Madagáscar, e aproximadamente apenas 110 de Gibão-de-crista-negra (Nomascus nasutus) no nordeste do Vietnã."Os resultados da avaliação mais recente feita pela IUCN sobre a situação de mamíferos no mundo indicam que os primatas são, entre os grupos de vertebrados, os mais ameaçados. O propósito de nossa lista com as 25 espécies é destacar aquelas que estão sob maior risco, chamar a atenção do público, estimular os governos nacionais a fazer mais e, especialmente, encontrar os recursos para implementar medidas de conservação extremamente necessárias”, afirma Dr. Russell Mittermeier, presidente da CI e chefe do grupo de especialistas em primatas da IUCN/ SSC.
Brasil - Apesar desse quadro pessimista, os conservacionistas apontam para o sucesso na recuperação de espécies ameaçadas. No Brasil, o mico-leão-preto (Leontopithecus chrysopygus) era apontado como uma espécie criticamente ameaçada de extinção na Lista Vermelha da IUCN, assim como o mico-leão-dourado (Leontopithecus rosalia) integrava a lista com as 25 espécies de 2004-2006. Ambas as espécies continuam como ameaçadas, mas com o resultado de três décadas de esforços de conservação envolvendo inúmeras instituições, suas populações agora estão bem protegidas. Entretanto, permanecem ainda muito pequenas, o que indica uma necessidade urgente de reflorestamento para ampliar seu habitat e garantir a sobrevivência no longo prazo.Conheça as 25 espécies de primatas mais ameaçadas do mundo (2008-2010), por região:


Madagascar
Lêmur-gentil (Prolemur simus)
Lêmur-da-cabeça-cinza (Eulemur cinereiceps)
Lêmur-preto-de-olho-azul (Eulemur flavifrons)
Lêmur-desportista-do-norte (Lepilemur septentrionalis)
Sifaka-sedoso (Propithecus candidus)

África
Galago-anão-de-Rondo (Galagoides rondoensis)
Mono roloway (Cercopithecus diana roloway)
Colobo-vermelho-do-rio-Tana (Procolobus rufomitratus)
Colobo-vermelho- do- Delta-do-Niger (Procolobus epieni)
Kipunji (Rungwecebus kipunji)
Gorila do Rio Cruz (Gorilla gorilla diehli)

Ásia
Társio-da-ilha-Siau (Tarsius tumpara)
Lóris-lento-de-Java (Nycticebus javanicus)
Langur-da-cauda-de-porco (Simias concolor)
Langur-de-Delacour (Trachypithecus delacouri)
Langur-de-cabeça-dourada (Trachypithecus p. poliocephalus)
Langur-de-cara-roxo do oeste (Trachypithecus (Semnopithecus) vetulus nestor)
Langur-de-cabeça-cinza (Pygathrix cinerea)
Langur-de-nariz-arrebitado-de-Tonkin (Rhinopithecus avunculus)
Gibão-de-crista-negra do leste (Nomascus nasutus)
Gibão-Hoolock-do-oeste (Hoolock hoolock)
Orangontango-de-Sumatra (Pongo abelii)

América do Sul e Central
Saguim-de-cabeça-de-algodão (Saguinus oedipus)
Macaco-aranha ou Coatá (Ateles hybridus)
Macaco-barrigudo-da-cauda-amarela (Oreonax flavicauda)


Para acesso ao relatório completo:www.conservation.org/2010primates


Conservação Internacional
Bristol, Inglaterra
Texto Extraído de
http://www.conservation.org.br/

Todos os Direitos Reservados à Citação. Este Blog é apenas uma meio de divulgação.